Na anterior publicação Tecnolis começamos a abordar o uso de polímeros reciclados na fabricação de produtos na Europa, nomeadamente o estado da arte dessas aplicações na indústria do espaço europeu. Neste segundo artigo, iremo-nos debruçar sobre as mais recentes inovações tecnológicas que estão a mudar o panorama da integração de plásticos reciclados na produção de plásticos, mas também sobre quais os desafios, e as oportunidades, que se preveem para o futuro deste sector.
Avanços tecnológicos que alavancam a mudança
Impulsionadas por uma procura crescente por soluções sustentáveis e pela adoção de políticas ambientais rigorosas, a ciência e a técnica têm avançado rapidamente, com o objetivo de criar condições para a passagem para uma economia circular que aproveite as sinergias já existentes dos mercados.
Nesse sentido, as inovações tecnológicas têm já um papel fundamental na melhoria da qualidade e eficiência dos polímeros reciclados. A reciclagem química, por exemplo, permite a despolimerização de plásticos em seus monômeros básicos, que podem ser reutilizados para produzir novos polímeros com qualidade comparável aos materiais virgens. Do lado do aprovisionamento de matérias, por outro lado, a digitalização e a Internet das Coisas (IoT) têm promovido processos de coleta e triagem mais eficientes.
Estas condições da própria reciclagem têm como resultado o aumento da pureza e da consistência dos materiais reciclados, o que permite maior volume de aproveitamento dos materiais reciclados, a aplicação desses materiais em mais produtos e a criação de oportunidades para a utilização de materiais reciclados em produtos que anteriormente não era possível a sua utilização. Com estes avanços, assiste-se a uma diversificação e aumento de volume de produtos fabricados com plásticos reciclados e, consequentemente, à elevação da circularidade desses produtos e indústrias.
Desafio e oportunidades
Apesar dos avanços, o setor enfrenta desafios significativos, nomeadamente na operacionalização e integração das tecnologias, devido às características diversas das indústrias de produção e das estruturas que permitem a reciclagem.
Um desses desafios é a qualidade e consistência dos materiais, já que a variabilidade na qualidade dos polímeros reciclados continua a ser um problema, especialmente para aplicações que exigem alta pureza e desempenho. Por outro lado, o custo dos materiais também é um obstáculo, pois produzir polímeros reciclados pode ser mais caro do que utilizar plásticos virgens, devido aos processos adicionais de triagem e limpeza.
Neste último caso, podem ser necessários incentivos econômicos e subsídios para tornar os materiais reciclados mais competitivos, que vêm maioritariamente dos aparelhos estatais nacionais e supre-nacionais. Essa relação com as instituições é também afetada pelas diferenças entre os países do espaço europeu, que além de terem políticas de incentivo diversas, têm uma capacidade de reciclagem que varia significativamente entre eles, com algumas regiões que ainda limitações nas suas infraestruturas de coleta e processamento de resíduos.
Apesar disso, o mercado de polímeros reciclados na Europa está repleto de oportunidades. Exemplo disso é o cada vez maior volume de negócios envolvido em inovação e parcerias, com a colaboração entre empresas, universidades e institutos de pesquisa, que aceleram o desenvolvimento de novos materiais e processos.
Por outro lado, a adoção da Economia Circular é um desígnio assumido pela Europa, e essa transição incentiva as empresas a adotar modelos de negócios sustentáveis, onde os produtos são projetados de raiz para serem reciclados e reutilizados. Finalmente, assiste-se ainda a uma cada vez maior conscientização do consumido, com uma procura crescente por produtos sustentáveis que promove a incorporação de mais materiais reciclados nas ofertas das empresas e que, assim, respondem às expectativas dos consumidores e melhoram a sua imagem de marca.
Conclusão
A utilização de polímeros reciclados em produtos na Europa está a crescer rapidamente. Os avanços, que se devem tanto a uma regulamentação rigorosa como a inovações tecnológicas e uma crescente procura por sustentabilidade, enfrentam ainda desafios, mas as oportunidades são vastas e promissoras.
Com investimentos contínuos e um compromisso conjunto com a economia circular, a Europa está bem posicionada para liderar na utilização de polímeros reciclados e essa é também a direção da Tecnolis. Faça, também, parte deste caminho até um mundo mais sustentável e encontre, connosco, o novo caminho da indústria de produção de embalagens plásticas.
Tecnolis – Embalagens Elevada Performance
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