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Conheça o Estado da Arte da Aplicação de Polímeros Reciclados em Produtos na Europa – Parte I

Neste dia, 5 de junho, celebra-se o Dia Mundial do Ambiente, por isso a Tecnolis decidiu publicar um conjunto de artigos que mostram como a indústria da transformação de plástico caminha a passos largos para um posicionamento ambientalmente consciente. Abaixo, pode encontrar o primeiro deles, que se debruça sobre o que está a acontecer, hoje, na aplicação de polímeros reciclados na Europa.

De facto, o uso de polímeros reciclados na fabricação de produtos tem se intensificado na Europa, impulsionado por políticas ambientais rigorosas, inovações tecnológicas e uma crescente procura por soluções sustentáveis. Este movimento, é fruto de uma cada vez maior urgência da adoção de práticas positivas para o ambiente, mas também da evolução da consciência social e, consequentemente, dos mercados, em direção a uma responsabilização dos atores económicos face à forma como operam.

Nesse sentido, a União Europeia (UE) tem desempenhado um papel crucial na promoção da reciclagem de plásticos através de várias diretivas e regulamentações. A Estratégia Europeia para os Plásticos na Economia Circular, lançada em 2018, e a Diretiva de Plásticos de Uso Único, de 2019, estabelecem metas ambiciosas para aumentar a reciclagem de plásticos e reduzir os resíduos plásticos. Mais ainda, até 2030, a UE pretende reciclar 55% dos resíduos plásticos, com uma ênfase significativa na incorporação de materiais reciclados em novos produtos.

 

Como está a Indústria a mudar?

Em primeiro lugar, tanto por ser o sector em que Tecnolis opera como pela dimensão que a utilização de plásticos tem para essa indústria, surge o sector da Embalagem. Aí, existem dois campos principais de enfoque: o PET Reciclado (rPET) e o HDPE e PP Reciclados.

No PET reciclado, assiste-se já hoje em dia a uma ampla utilização deste material em garrafas e embalagens de alimentos. Por exemplo, grandes empresas, como a Coca-Cola e a Nestlé estão a liderar iniciativas para aumentar o conteúdo de rPET em suas embalagens, visando não apenas reduzir o impacto ambiental, mas também atender às expectativas dos consumidores e às exigências regulatórias. Quanto ao HDPE e ao PP Reciclados, estes são usados em embalagens de produtos de limpeza, cosméticos e outros bens de consumo, assistindo-se também a um crescimento da utilização, motivado, por exemplo, pelo desenvolvimento de tecnologias de triagem avançada, que tem melhorado a pureza desses materiais, tornando-os adequados a uma gama mais ampla de aplicações.

Em outros sectores chave, como o automotivo e a construção civil, assiste-se também, cada vez mais, à incorporação de plástico reciclados na sua atividade. No sector automotivo, falamos de Plásticos Técnicos Reciclados, em que polímeros como polipropileno (PP) e poliamida (PA) reciclados estão a ser utilizados em peças automotivas, como painéis de portas, revestimentos de piso e componentes internos, já que a indústria automóvel está a adotar uma abordagem mais sustentável, nomeadamente na procura de reduzir a pegada de carbono dos veículos.

Por outro lado, na construção civil são amplamente utilizados polímeros reciclados nos próprios materiais de construção. Por exemplo, o Polietileno de baixa densidade (LDPE), mas também outros plásticos reciclados, são incorporados em materiais de construção como telhas, tubulações e revestimento, já que essa incorporação, além de ajudar a reduzir o desperdício de plástico, oferece também durabilidade e resistência aos materiais e construções onde é empregue.

 

Manter o rumo da Economia Circular

Impulsionada por regulamentações rigorosas, inovações tecnológicas e uma procura crescente por maior sustentabilidade nos seus produtos, podemos afirmar que a aplicação de polímeros reciclados em produtos na Europa está em franco crescimento. De facto, olhando para a dimensão da utilização de plásticos reciclados nas indústrias no espaço europeu, encontramos um panorama de efetiva utilização de plásticos reciclados.

Apesar disso, desafios como a variabilidade de qualidade e os custos de produção persistem, mas as oportunidades para um crescimento sustentável desta forma de produção são vastas e promissoras. Podemos, por isso, afirmar que a Europa está bem posicionada para liderar o caminho na utilização de polímeros reciclados, se mantiver o rumo e, os contínuos investimentos necessários e a manutenção do compromisso coletivo com a economia circular.

Se achou interessantes os dados que a Tecnolis lhe forneceu, fique atento para o próximo artigo sobre este tema, que se irá debruçar sobre as inovações tecnológicas, as oportunidades os desafios que se apresentam no horizonte para a aplicação de polímeros reciclados na Europa.



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